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Segundo transplante cardíaco de 2025 no Hospital Metropolitano muda a vida de paciente internada há seis meses

O Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, pertencente ao governo do Estado e gerenciado pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde), realizou o segundo transplante cardíaco de 2025 na última segunda-feira (5). A beneficiada com o novo coração é a jovem Andrielly Silva, de 17 anos, da cidade de Campina Grande, e há seis meses está internada na unidade com uma insuficiência cardíaca grave.
Ao receber a notícia do transplante, Andrielly disse que agradeceu primeiro a Deus, pois “esse coração chegou na hora certa, quando tudo estava dando errado e não tinha mais o que a medicina fazer”. Ela também agradeceu à família doadora que num ato de amor e solidariedade está lhe dando a oportunidade de viver.
A mãe da paciente, Andressa Silva, relatou que a sua filha sempre foi uma adolescente muito saudável, praticava esporte e levava uma vida normal até que em novembro de 2024 começou a apresentar sintomas de cansaço muito forte. Após investigar os sintomas, Andrielly precisou ficar internada e logo em seguida foi transferida para o hospital Metropolitano, onde sempre foi muito bem atendida e acolhida desde o primeiro dia de internação.
“Estamos aqui há seis meses e só tenho muito a agradecer a todos que fazem o Hospital Metropolitano por todo o suporte que nos deu e todo o acolhimento. Desde o pessoal da limpeza até os médicos. Só tenho mesmo que agradecer muito porque Jesus mandou um novo coração para a minha filha.
O coração que salvou a vida de Andrielly pertence a uma jovem de 17 anos, vítima de traumatismo crânio encefálico. Após rigorosos protocolos clínicos e neurológicos, foi constatada a morte encefálica da paciente, permitindo que a família, com um gesto nobre e de profunda empatia, autorizasse a doação de múltiplos órgãos.
Além do coração, foram doados os rins, fígado e córneas da jovem, beneficiando outros pacientes que também aguardam por um transplante para continuar vivendo com dignidade e saúde.
A coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante do Metropolitano, Patrícia Monteiro, reforçou que a família da jovem doadora teve um gesto grandioso em meio à dor que é transformar a perda em esperança para outras vidas.
“Essa atitude nos inspira e reforça a importância da doação de órgãos como um ato de amor ao próximo. O Metropolitano tem um compromisso em promover ações de incentivo à doação de órgãos e a parceria com a Central de Transplantes tem feito com que o número de doações tenha aumentado consideravelmente”, comentou.
De acordo com o cirurgião cardiovascular Antônio Pedrosa, um dos médicos que participou do transplante, o procedimento aconteceu sem intercorrências, em uma cirurgia que durou pouco mais de quatro horas.
“É com muita alegria que a equipe de transplante do Hospital Metropolitano realiza com sucesso mais um transplante em nosso serviço. A paciente que recebeu estava precisando há bastante tempo, então foi realmente uma satisfação muito grande ter surgido esse órgão para ela e nós, como sempre, mais uma vez agradecemos à família doadora por esse gesto de amor e de misericórdia e de bondade e no meio de uma dor, da perda de um ente querido, pensar no próximo e fazer a doação do órgão”, disse o médico.
Para a diretora geral do Metropolitano, Louise Nathalie, é um momento de profunda emoção e responsabilidade. “Ver uma paciente que lutou durante seis meses por uma nova chance de viver finalmente receber um coração é algo que toca a todos nós. Cada transplante realizado aqui representa não apenas o avanço da medicina, mas, sobretudo, a força da empatia e da solidariedade humana”, enfatizou a diretora.