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Hemodinâmicas da PB Saúde registram modernização tecnológica, novos procedimentos e crescimento em 2025

publicado: 10/12/2025 12h37, última modificação: 10/12/2025 12h37

O ano de 2025 foi marcado por importantes marcos e avanços para as hemodinâmicas gerenciadas pela PB Saúde, que têm desempenhado um papel essencial no atendimento de alta complexidade e na melhoria contínua da qualidade assistencial em diversas regiões da Paraíba. Com instalações em Campina Grande, Patos e no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires (HMDJMP), os investimentos realizados em infraestrutura, tecnologia e capacitação de equipes têm resultado em números expressivos de procedimentos e em uma melhoria considerável nos processos assistenciais.

Hemodinâmicas de Patos

A Hemodinâmica de Patos consolidou em 2025 um conjunto de avanços que ampliaram sua capacidade de atendimento no Sertão. Em agosto, a unidade foi habilitada pelo Ministério da Saúde como Unidade de Alta Complexidade Cardiovascular, ampliando o escopo de procedimentos. Ao longo do ano, também passou a realizar Arteriografia Cerebral, exame até então inédito na região.

Para a coordenadora assistencial Liliane Sena a adoção de rotinas como o Huddle aproximaram as equipes administrativas e assistenciais. “Implantamos o Huddle Administrativo e Assistencial este ano, que ocorre duas vezes por semana e tem facilitado o acompanhamento das demandas. Criamos uma planilha eletrônica que ajuda a monitorar as ações de cada setor, e o resultado tem sido bastante positivo para a gestão”, relatou a gestora.

Também foram executadas reformas estruturais, iniciadas para criação de consultórios e ampliação dos setores de farmácia, OPME, UTI e enfermarias. A escala da Fisioterapia foi ampliada e novos fluxos internos foram fortalecidos por meio da criação do Núcleo de Auditoria Local.

No âmbito assistencial, a coordenadora Edmara Nóbrega relatou a implementação de medidas voltadas à segurança e qualificação dos processos. Entre elas, a posse da CIPA, implantação do NIR, estruturação do núcleo de qualidade e realização de campanhas e treinamentos alinhados às metas internacionais de segurança.

Até a segunda semana de dezembro de 2025, a hemodinâmica de Patos somou mais de 2.690 procedimentos (meta: 2.400). Em cardiologia intervencionista, a unidade ultrapassou a meta de 2.160, com mais de 2.320 procedimentos realizados. Na área endovascular, foram registrados mais de 370 procedimentos, acima da meta de 204.

Hemodinâmica de Campina Grande

Em Campina Grande, a hemodinâmica passou por aperfeiçoamento tecnológico e fortalecimento dos processos assistenciais. O uso do ultrassom beira-leito tornou mais ágil o diagnóstico inicial e auxiliou em procedimentos invasivos. Já as ações permanentes do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) reforçaram práticas como identificação correta do paciente e cirurgia segura.

O coordenador assistencial Rafael Heleno ressaltou o impacto dessas medidas. “As rotinas baseadas nas metas de segurança contribuíram diretamente para a qualidade do atendimento. O treinamento em Suporte Básico de Vida também ajudou na preparação da equipe para procedimentos mais complexos”, frisou Rafael.

Na área administrativa foram realizadas modernizações tecnológicas. Os softwares da hemodinâmica foram atualizados e houve renovação de bombas de infusão, monitores e equipamentos de apoio. A coordenadora administrativa Thaise Holanda explicou:

“As melhorias na logística, no planejamento de agendas e nos sistemas de gestão reduziram retrabalhos e interrupções. Isso permitiu absorver o aumento da demanda com maior organização.”

Até a segunda semana de dezembro de 2025, o serviço de hemodinâmica de Campina Grande registrou mais de 3.600 procedimentos, superando a meta anual de 2.880. Em cardiologia intervencionista, foram realizados mais de 2.190 procedimentos (meta: 2.016). Na área endovascular, o número superou 770 atendimentos (meta: 480), enquanto a neurorradiologia alcançou mais de 720 procedimentos (meta: 384).

Hemodinâmicas do Hospital Metropolitano

O ano de 2025 foi marcado pela substituição de um dos equipamentos de hemodinâmica no Hospital Metropolitano, mediante investimento estadual de R$ 2,5 milhões. A atualização tecnológica ampliou a qualidade dos procedimentos realizados e trouxe maior eficiência aos fluxos assistenciais.

Além da modernização do equipamento, as hemodinâmicas registraram marcos assistenciais importantes em 2025. Entre eles, a realização do primeiro marca-passo leadless da Paraíba, um modelo de marca-passo sem fios que é implantado diretamente no coração, reduzindo o risco de infecções. Também foi realizada a primeira aterectomia rotacional, técnica empregada para remover placas de cálcio muito rígidas nas artérias, permitindo que a angioplastia seja concluída com segurança em casos de calcificação coronária complexa.

Outros avanços relevantes foram a habilitação em trombectomia mecânica no Acidente Vascular Encefálico Isquêmico Agudo, conquistada em julho, fortalecendo o atendimento neurológico de alta complexidade. Entre os pioneirismos deste ano, destaca-se a realização do primeiro exame de reserva de fluxo fracionado (FFR), técnica que permite avaliar de forma precisa se uma obstrução nas artérias coronárias realmente reduz o fluxo sanguíneo. Graças a esse exame, uma adolescente de 15 anos deixou de ser submetida a uma intervenção cirúrgica que seria desnecessária em junho deste ano.

A substituição de uma das máquinas de hemodinâmica foi um ponto crucial de 2025. Sobre o impacto da mudança, a coordenadora das hemodinâmicas do Hospital Metropolitano, Mayara Driele, destaca:

“A nova máquina permite realizar a tomografia de controle dentro da própria hemodinâmica. Antes, o paciente precisava ser levado ao CDI após o procedimento para fazer esse exame. Agora ele faz tudo aqui, o que reduz deslocamentos, diminui riscos e agiliza o fluxo, especialmente para pacientes em estado crítico.”

As equipes também passaram por treinamentos voltados ao novo protocolo de monitoramento e prevenção de complicações vasculares, atualmente em implantação. 

Todas as metas estabelecidas para as duas hemodinâmicas instaladas no HMDJMP foram ultrapassadas em 2025, somando um total de mais de 5.640 procedimentos realizados, cuja meta estabelecida era de 4.860. Foram mais de 3.200 procedimentos em cardiologia intervencionista (meta: 3.000), mais de 860 procedimentos endovasculares, superando a meta de 720, mais de 1.410 em neurorradiologia que tinha uma meta de 1.080 e mais de 160 em eletrofisiologia, superando a meta estabelecida de 60 procedimentos.