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Diagnóstico e cirurgia de correção de 'língua presa' em neonatais e bebês é tema de capacitação para profissionais da Rede Estadual de Atenção à Saúde
Cirurgiões-dentistas e fonoaudiólogos da Rede Estadual de Atenção à Saúde e do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires e Hospital do Servidor General Edson Ramalho, gerenciados pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde), participaram no último sábado (28) de um treinamento sobre frenotomia lingual, procedimento que corrige a chamada "língua presa" em crianças neonatais e bebês.
O curso foi promovido pelas equipes de Fonoaudiologia e Odontologia do Hospital Metropolitano, e teve o objetivo de ampliar e qualificar a avaliação da anquiloglossia, nome científico da chamada língua presa, quando o freio lingual é mais curto, bem como a indicação e realização do procedimento cirúrgico corretivo pelos cirurgiões-dentistas do estado da Paraíba.
Pela manhã, houve um treinamento teórico com a odontopediatra, ortodontista e ortopedista funcional Érika Lira, onde foram abordados temas sobre o que é a frenotomia lingual; anatomia e composição da língua; diagnóstico e avaliação de anquiloglossia; e tipos de frênulos linguais. À tarde, foi realizada uma atividade prática no Laboratório de Simulação Realística, onde os profissionais puderam treinar os conteúdos abordados na teoria, a exemplo da anestesia e da realização do próprio procedimento cirúrgico.
"A expectativa é de com esse treinamento haja um melhor alinhamento e entendimento em toda a rede sobre o que é a anquiloglossia, e como identificar e avaliar o grau de interferência nas funções orais das crianças. Foi um momento de desenvolver estes profissionais e que vai fazer com que as crianças tenham mais acesso ao procedimento da frenotomia lingual, com segurança, minimizando a ocorrência de riscos, sobretudo no pós-operatório", explicou a responsável técnica da Odontologia do Hospital Metropolitano, Andreia Medeiros.
A identificação do quadro de anquiloglossia se dá a partir dos profissionais de fonoaudiologia. No Hospital Metropolitano, após a implantação da UTI respiratória pediátrica, muitos pacientes apresentaram a indicação para o possível diagnóstico, que é feito em conjunto com uma avaliação dos profissionais cirurgiões-dentistas.
"Em 2023 nós recebemos muitos pareceres para avaliar crianças internadas na UTI respiratória pediátrica e que, após a confirmação do diagnóstico da anquiloglossia, passaram pela frenotomia lingual no próprio leito onde estavam internados. A partir da experiência dos profissionais que já atuam em nossa unidade, pudemos treinar outros profissionais de todo o estado que estão capacitados a realizar esse procedimento, sobretudo em neonatais e bebês", completou.